quinta-feira, 30 de maio de 2013

PROBLEMA DE PESQUISA
Deficiência é não enxergar nas pessoas, as suas verdadeiras eficiências




Esse último capítulo do meu memorial ficou reservado para a apresentação do meu tema de pesquisa já rascunhado tempos atrás. Foi me dado a tarefa de exercer a pesquisa, de investigar e enfim, de realizar uma pesquisa.  Este foi um momento de pesquisa, de exploração, e enfim, um momento científico que passei a entender e a praticar. Usando as palavras de Moita (1995, p113), dir-se-ia, que esse momento “põe em evidência o modo como cada pessoa mobiliza seus conhecimentos, os seus valores, as suas energias, para ir dando forma à sua identidade, num diálogo com os seus contextos” (p. 113). Esse é o fio condutor da leitura, análise e discussão do meu objeto de estudo e enfim, o uso da pesquisa em si é algo valioso para a formação de todo acadêmico
O tema de pesquisa escolhido trata-se da Educação Especial.  Com o objetivo de  discutir sobre a educação especial e a forma enfim que se desenvolve o ensino para crianças com necessidades especiais, o tema apresentado para pesquisa é relevante para a compreensão do sistema educacional em toda sua complexidade, até porque, há a necessidade de  todo educador estabelecer relações com educação especial, identificar conceitos de inclusão, igualdade, diversidade e desigualdade e discorrer sobre aspectos relevantes no desenvolvimento.
A escolha desse problema surgiu após observar que a escola onde atuo como professora tem em seu ambiente diversos alunos que estão contextualizados á educação inclusiva e pela necessidade de entender como o ensino e educação devem se realizar  no caso de alunos com deficiências mais graves.
 A pesquisa tem como referencial teórico que a educação inclusiva, segundo diversos autores que estudam essa questão, (LIMA, 2004; MANTOAN, 1998; MARCHESI, 2004 e; MENICUCII, 2004), tem sido considerada, no momento atual, como um dos maiores desafios para o sistema educacional, ela representa uma verdadeira mudança de paradigma, centrado na busca de uma sociedade mais justa e igualitária na garantia dos direitos de todos os que nela vivem. Por ser um processo complexo e abrangente, a educação inclusiva apresenta as características já descritas acima. Mas, apresenta de modo mais claro a necessidade de se fazer valer o direito da criança com necessidade especial e de modo mais evidente ainda, o direito de ser diferente.
Acredito que as mudanças só acontecerão quando sociedade e escola se associarem para validar essas mudanças...  A INCLUSÃO É UM DIREITO E NÃO UM ATO DE SOLIDARIEDADE
  UM POUCO DE MIM



Meu nome é Gicélia,1ª filha de uma família bastante numerosa cresci em meio a afetos e responsabilidades, tais como ajudar a olhar os irmãos mais novos. Talvez tenha sido isso que me induziu á profissão de educadora e, sobretudo despertou em mim o senso materno que me acompanha até hoje e me acompanhará eternamente.
Cresci brincando, trabalhando, vivendo o que a infância permite, mas já me amadurecendo por conta da convivência em casa. Tive uma infância feliz e acredito que essa infância refletirá sempre na minha vida. De um modo geral, fui uma criança como qualquer outra de tempos atrás. Criança que corre que brinca que briga com os coleguinhas e se esquece segundos depois.
Tornei-me uma adulta dedicada, honesta, fiel aos meus princípios e sempre buscando realizar os sonhos. Hoje sou mãe, mulher que deseja se realizar em casa e na profissão. Hoje sou uma educadora e uma educanda, uma pessoa que ensina e aprende que acerta e erra, mas que, sobretudo, procura sempre aprender para ensinar melhor.
Ao longo da minha vida tive altos e baixos e aprendi que é preciso lutar para não cair, e quando cai, é preciso buscar forças para se levantar e foi por meio dessa fé que levantei e levantei muitas vezes. Se houve dificuldades, existia a persistência e a ajuda mútua e em meio a tudo isso fui formando minha identidade, encontrando respostas para as minhas dúvidas e criando a certeza de que família é a base para tudo, é o alicerce para qualquer degrau que se deseja subir e é enfim, a instituição primeira da vida de todo ser humano.Mostrar menos
HISTÓRIA ESCOLAR
Quem pretende se aproximar do próprio passado soterrado deve agir como o homem que escava. “Antes de tudo, não deve temer voltar sempre ao mesmo fato, espalhá-lo como se espalha a terra, revolvê-lo como se revolve o solo.” (Benjamin, 1994, p. 239).
 
Entrego-me a essa tarefa de escrever sobre minha trajetória escolar com maior prazer. Não somente pelo prazer de escrever, mas por um sentimento maior que é o de reviver.
Nesse reencontro com minha memória, buscando por meus primeiros passos na vida escolar em um passado que parece tão presente agora, vejo que discorrer sobre isso, é ir ao encontro da Escola  quando eu tinha apenas 7 anos de idade e fui matriculada no  primeiro ano, pois nessa época ainda não tinha Educação infantil na cidade.Meu primeiro contato com a professora e os colegas, deixou-me a certeza que estudar seria não somente cumprir tarefas escolares, mas também uma forma de criar amizades, de vivenciar o que era característico na criança: brincadeiras.  O 1º ano foi o começo de uma escolarização que acredito não terminar aqui, mas que se estenderá por quanto tempo houver necessidade, pois se houve algo que aprendi ao longo desses anos, é que aprender é sempre preciso conhecer é uma necessidade e praticar tudo isso, é uma sabedoria.
Depois de dois anos em uma escola na cidade, meus pais se mudaram para zona rural onde estudei dois anos em uma escola multisseriada. Nesta escola, apesar dos recursos serem mais escassos, não faltou aprendizagem e esforço por parte dos professores e meu interesse continuou o mesmo.
Quando terminei o ensino fundamental, parei os estudos para retornar somente 10 anos depois. O sonho adormeceu, mas não morreu e voltei á escola já adulta e mãe. Terminei o ensino médio quando tive meu último filho e vivi durante esse tempo alguns conflitos que não derrubaram minha vontade de voltar á escola. Assim, 15 anos depois do ensino médio fiz minha inscrição no vestibular e agora vejo aproximar cada vez mais o fim e o início de uma nova fase na minha vida educacional.
ACREDITEI QUE SERIA POSSÍVEL... E HOJE VEJO QUE MEU SONHO ESTÁ PERTO, MUITO PERTO DE SE REALIZAR COMPLETAMENTE
F ATOS MARCANTES 
As crianças formam seu próprio mundo das coisas, mundo pequeno inserido em um maior (Benjamin, 1994, p.

2.1  A faculdade.
Ao pensar sobre o que escrever nessa parte do memorial, percebo que poderia descrever uma trajetória escolar sem espaço para dúvidas, incertezas e dificuldade quanto a escolha da faculdade e do curso.  A escolha do curso foi fácil. Eu sempre soube que queria lidar com a educação, e ser professora enfim. Escolher a faculdade também foi tarefa fácil. O nome me chamou atenção, e ao perceber que essa oferecia todos os requisitos necessários ás minhas condições e que eu poderia estudar e estudar sem ser necessário uma mudança de cidade, decidi que seria nessa faculdade que iria prestar vestibular.
A faculdade trouxe desde o início, uma série de conhecimentos e experiências. Percebi que tinha escolhido o curso certo e acho que a Educação é fator fundamental na vida das pessoas. Acreditando nisso, procurei viver todas as experiências com muita atenção e sempre tive Paulo Freire como guia para minhas percepções. Acredito muito em seus dizeres e quando ele mostra a necessidade da responsabilidade, do conhecimento e da generosidade do educador para que tenha competência, autoridade e liberdade e quando defende a necessidade de exercermos nossa autoridade docente com a segurança fundada na competência profissional, aliada à generosidade.
Assim, vivi tudo o que a faculdade ofereceu e acredito que todos os fatos foram marcantes. É como uma colcha de retalho onde cada experiência é um retalho que completa. No entanto, a prática de estágio foi para mim o centro dessa colcha de conhecimentos, pois foi nessa parte que concretizei os conhecimentos, que vivenciei a realidade mais de perto e percebi que de fato estava no caminho certo. Foi ai também que vi que mais uma vez Freire estava certo quando diz que “Educar não pode tudo, mas pode alguma coisa”. Se o educador realmente o quiser pode alguma coisa, ou até muito mais.” (Freire,2001)
Ao buscar na minha memória todos os fatos vividos durante o meu período de formação acadêmica e refletindo sobre as oportunidades que me chegaram por meio dessa formação, sou forçada a concordar com Soares (1991), quando a mesma diz que ““ Na lembrança, o passado se torna presente e se transfigura contaminado pelo aqui e o agora. “Esforço-me por recuperá-lo tal como realmente e objetivamente foi, mas não posso separar o passado do presente, e o que encontro é sempre o meu pensamento atual sobre o passado, é o presente projetado sobre o passado” (SOARES, 1991, p.37). Não me parece que vivi as coisas todas que escrevo aqui, mas que estou vivendo e na verdade, é isso

quinta-feira, 23 de maio de 2013

30 de maio de 2013

UMA OBSERVAÇÃO......
INDISCIPLINA

Durante a prática de estágio é possível viver diversas situações e não somente em sala de aula, mas em todos os ambientes de aprendizagem. É possível observar e perceber como de fato se dá todas as relações dentro desse espaço.
Um assunto que me intrigou bastante no campo de estágio foi a INDISCIPLINA. O que me motivou observar esse assunto na verdade, foi presenciar entre alguns alunos um comportamento típico e enfim, perceber que esse é um dos fatores que contribuem para que o ensino não seja realizado de modo favorável.
A escola a qual serviu de estágio atende a um público diversificado, sendo a maioria advinda de família de classe renda baixa e muitos vivem em um ambiente onde o desemprego e uso de álcool por parte dos pais contribuem para o comportamento indisciplinar em sala de aula.
Percebi que a indisciplina pode ser bastante prejudicial ao desenvolvimento da aula e para a relação entre o professor e demais alunos. Mas percebi também que a professora tem domínio e sabe lidar com o problema em questão. De um modo geral, pode-se dizer que é preciso AUTONOMIA E CONHECIMENTO EM RELAÇÃO A VIDA DO ALUNO...Mostrar menos

quarta-feira, 22 de maio de 2013